Saudade

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Se hoje eu fosse um sentimento, eu seria a saudade. Saudade daquilo que já vivi e daquilo que nem vivi ainda. Saudade de todas aquelas vezes que eu sumia e você sempre aparecia e me dava motivos para ficar.

Se formos comparar nossa amizade com uma folha, hoje ela estaria em branco (e já faz um tempo que ela se encontra assim). As vezes sinto vontade de colorir-lá com meus sentimentos por você, só para que ela mude um pouco, para que eu deixe de sentir buracos entre nós; buracos esses que eu não consigo tapar sozinha. Eu sinto um tipo de saudade que vai além da saudade física é uma coisa de alma, que envolve nossas conversas sobre tudo e sobre nada.

Sinto vontade de voltar no tempo em que eu conseguia te sentir perto de mim mesmo quando estava distante, de ter de volta os nossos encontros inesperados que nos conectavam e faziam com que caminhassemos juntos para o mesmo lugar.

Sinto saudade das nossas conversas por entre olhares, de acompanhar seu crescimento de perto, de quando sentávamos e dividíamos nossos fardos, de quando nossos sonhos vez por outra eram o mesmo, da sua forma sem jeito de tentar me fazer sorrir, e do meu jeito de falar sem parar e nunca deixar com que ficássemos sem assunto; de quando tudo era leve e havia graça na implicância.

Eu sinto falta do que não somos mais e do que poderíamos ter sido. Mas mesmo sentindo tanto a sua falta, eu não espero que volte, na verdade, espero que vá. Vá e conquiste tudo aquilo que eu nunca poderia te dar. Vá e conquiste seu mundo enquanto eu conquisto o meu e se por acaso a nossa vida se cruzar de novo, em algum momento no futuro, por favor, me permita te chamar para sentar em um banco de uma praça qualquer e me pague aquele café que um dia me prometeu.

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